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A Federação das Indústrias (Fiesc) lançou, na quinta-feira (19), uma proposta para ampliar a diversificação industrial de Santa Catarina.
O trabalho, realizado em parceria com a UFSC, propõe estratégias de diversificação para as 20 microrregiões catarinenses, valorizando os setores consolidados, mas propondo um caminho para atrair setores complementares que possam contribuir para o aumento da industrialização local. Leia, a seguir, o estudo sobre a Serra Catarinense.
Campos de Lages
A microrregião de Campos de Lages apresenta uma economia de complexidade limitada, com Lages e São Joaquim como suas principais cidades.
Lages é um centro regional diversificado, com ênfase no agronegócio, comércio, serviços e turismo. São Joaquim destaca-se na agricultura pela produção de frutas de alta qualidade, bem como na produção florestal e no agroturismo.
Uma análise da estrutura econômica revela a ausência de atividades de alta complexidade econômica com vantagens comparativas no cenário nacional, sugerindo a conveniência de promover a diversificação econômica na região para um nível intermediário de complexidade.
Essa mesma restrita presença de segmentos produtivos complexos torna necessário assumir um nível moderado de risco à estratégia de aumento da complexidade econômica local.
Uma oportunidade promissora para a região é a produção de máquinas especializadas para indústrias de alimentos, de metalurgia e para hidráulica e refrigeração, aproveitando a expertise local já alcançada em segmentos adjacentes.
Dada a relevância da agricultura na região, a fabricação de maquinário específico para o setor agrícola, como máquinas de processamento de alimentos e sistemas de refrigeração para armazenamento de produtos agrícolas, pode representar uma integração estratégica.
Além disso, foram identificadas oportunidades produtivas em setores produtores de insumos críticos a várias outras indústrias, marcados por nível intermediário de complexidade, mas superior ao já alcançado pela região, tais como: “fundição de ferro e aço”, “fabricação de produtos de metal”, “laminados e tubos plásticos”.
Espera-se que a adoção dessa estratégia represente um impulso eficaz ao desenvolvimento econômico alcançado por essa região e outras contíguas, até o momento.
Os empregos que podem ser gerados por estes setores, relacionados a habilidades já presentes na região, envolvem: operar máquinas e equipamentos, monitorar e inspecionar informação, manusear, separar e empacotar, medir e calcular e instalar e finalizar estruturas.
Estas habilidades serão requeridas pela maioria dos setores que podem ser explorados e são apresentados no gráfico com as barras azuis (folhadaserra2-br.noticiascatarinenses.com).
Por outro lado, estas habilidades precisam de sinergia com outras, não presentes com densidade suficiente, especialmente as relacionadas a tecnologias de informação, programação e ciência de dados (barras verdes).
Na microrregião há uma oferta de cursos de informática e programação básica oferecidas pelo Senai, sede Lages, assim como o curso de Sistemas de Informação da Uniplac, porém essa oferta pode não ser suficiente dadas as diferentes demandas que serão geradas.
Fonte: folhadaserra2-br.noticiascatarinenses.com
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