< a.links-right-rcn { color: #C52929; text-decoration: none; } a.links-right-rcn:hover { text-decoration: underline; } .container-fluid-rcn { display: flex; align-items: center; justify-content: space-between; padding: 5px 15px; border-bottom: 3px solid #C52929; margin-bottom: 10px; } img.img-logo-rcn { width: 65px; } .box-links-rcn { color: #C52929; } 4j3h3r

logo RCN
Safra 2025

Oferta menor deve manter aquecido preço do pinhão 493i3n

Com uma oferta, em média, 35% menor que a safra do ano ado, o preço do pinhão deve se manter aquecido neste início de colheita.

É o que preveem pesquisadores, produtores rurais, colhedores e autoridades que participaram na manhã desta terça-feira, primeiro de abril, da abertura oficial da colheita do pinhão, em .  

O preço do quilo da iguaria deve variar entre R$ 10,00 e R$ 15,00 nas gôndolas dos estabelecimentos comerciais. A solenidade que prenunciou a colheita, aconteceu na propriedade denominada Morro do Baixeiro, cerca de 2 Km do perímetro urbano de . Uma sapecada foi feita para comemorar a chegada da colheita.

O município é considerado o maior produtor de pinhão de Santa Catarina, com estimativa de 70% da produção estadual. De acordo com a lei 15.457, de 17 de janeiro de 2011 é proibida a colheita, transporte e a comercialização da semente antes do dia 1º de abril. A partir de agora, os colhedores e proprietários rurais iniciam a colheita que deve se estender até agosto.

A solenidade de abertura da colheita foi organizada pela Epagri em parceria com a prefeitura de . Segundo o engenheiro agrônomo José Márcio Lehmann, gerente regional da Epagri em Lages, ao menos 30% das famílias do meio rural da Serra Catarinense, tem no pinhão uma das principais fontes de renda nessa época do ano.

“São pelo menos mil famílias que am a depender da colheita do pinhão. A semente é, para eles, um dos principais componentes da renda familiar. Isso traduz a importância desse momento”, explicou José Márcio Lehmann.

O prefeito de , Marcio José Andrade, disse que a renda das famílias com o pinhão ajuda nas melhorias das propriedades.

“E não só nas melhorias das propriedades, o pinhão ajuda a engordar gado e porcos, pois nos campos as pastagens escasseiam nessa época e os animais procuram pinhão caído nas matas para se alimentar”, disse o prefeito.

Se por um lado, a oferta é menor esse ano, o preço deve ajudar a compensar a menor oferta. Em toda Serra catarinense a estimativa da Epagri é de uma colheita de cerca de 4,5 mil toneladas de pinhão neste ano.

Produtor confirma queda da produção

O produtor rural Jaison de Liz Rosa, abriu as portas da propriedade para receber a imprensa e as autoridades, em . Junto com o filho, Jadson Alves Rosa, ele informou que deve colher três toneladas de pinhão na safra de 2025. Há mais de 30 anos, ele faz o extrativismo de pinhão na propriedade que era de seus avós. E agora, ensina ao filho a tradição da colheita.

“Aqui na nossa propriedade a produção deve cair pela metade. Vemos que as araucárias têm poucas pinhas e isso se reverte em pouco pinhão. Vemos isso em diversas outras propriedades vizinhas”, afirma Jaison Rosa. Reconhecida por lei estadual como a Capital Catarinense do Pinhão, dá o tom na safra regional de pinhão a cada ano.

Falta o manejo adequado

Jaison Rosa afirma que o pinhão responde pela maior parte da renda anual da família. E disse que a maior dificuldade para colheita é que as florestas estão ficando muito densas e altas.

“Não existe hoje, um manejo legal, viável e sustentável para a araucária. Dependemos 100% da floresta natural e não estamos fazendo nada para melhorar a produtividade da floresta de araucária”, lamenta o produtor.

Para ele, as enxertias poderiam ser uma solução para melhorar a produtividade e a renda nas propriedades rurais. A orientação da Epagri tem sido importante para o produtor sobre o cultivo, processamento, mercado, agroindústria e várias outras questões relacionadas ao pinhão. Mas ainda há muito o que avançar para que o pinhão se transforme num protagonista ainda maior, nas pequenas propriedades.


Serra deve produzir 4,5 mil toneladas

Por Pablo Gomes/jornalista bolsista Epagri/Fapesc

Em , pequena cidade de 2,3 mil moradores, distante pouco mais de 20Km de Lages e reconhecida por lei estadual como a Capital Catarinense do Pinhão, o agricultor Jaison de Liz Rosa trabalha com agroecologia e produz morango e hortaliças para a merenda escolar.

Paralelamente, realiza serviços de roçada e cercado em outras propriedades rurais. E é a partir de agora que vem a maior parte do faturamento.

Em duas áreas da família existem cerca de cinco mil araucárias, mas Jaison explora só 10% das árvores. Neste ano, a expectativa é de que sejam colhidas três toneladas, 35% a menos do que em 2024.

Ainda assim, mesmo com queda de produção e sem tocar na ampla maioria da floresta, Jaison calcula que o pinhão responde pela maior parte da renda anual da família.

“A agroecologia e os serviços que faço respondem por 40%. Os outros 60% vêm do pinhão. Mesmo colhendo menos que nos últimos anos, é a minha principal fonte”.

e técnico da Epagri 

Embora extrativista e ainda um tanto empírica, a atividade vem se profissionalizando nos últimos tempos, especialmente graças ao e técnico e científico por parte de instituições como a Epagri, que auxilia os produtores com informações técnicas ao longo do ano.

“A Epagri orienta o produtor sobre o cultivo, manejo, processamento, mercado, agroindústria e várias outras questões relacionadas ao pinhão. Também estamos trabalhando com araucárias enxertadas para, no futuro, produzir pinhão precoce. Este amparo é fundamental e ocorre em toda a cadeia produtiva”, diz o engenheiro agrônomo José Márcio Lehmann, gerente regional da Epagri em Lages.

Nos 18 municípios da Serra Catarinense, a safra deste ano deve resultar em aproximadamente 4,5 mil toneladas de pinhão, 35% a menos que no ano ado.

De maneira geral, a queda de produção é resultado de oscilações naturais durante a vida da araucária, mas sem uma causa específica determinada. O que não cai é a qualidade do produto, cada vez mais cobiçado pelos consumidores mais exigentes.


CURIOSIDADES

Pinhão é a designação genérica da semente de várias espécies de pinaceaes, plantas gimnospérmicas, isto é, cuja semente não se encerra num fruto.

O pinhão se forma dentro de uma pinha, fechada, que com o tempo vai-se abrindo até liberar o pinhão. Nas pináceas (a exemplo do Pinus elliottii), as sementes são dotadas de uma película, como uma espécie de asa, que se descola da pinha madura e possibilita que as sementes sejam espalhadas pelo vento, iniciando-se assim o processo de crescimento de um novo pinheiro.

Largamente consumido na Região Sul do Brasil no outono e no inverno, o pinhão brasileiro é a semente da araucária (Araucaria angustifolia), espécie arbórea dominante da floresta ombrófila mista, que ocorre majoritariamente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e principalmente no estado do Paraná, podendo também ser encontrada em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Argentina e no Paraguai.

Além de servir de alimento para os humanos, desde a época em que os indígenas dominavam o território brasileiro, o pinhão também é consumido por animais terrestres e pássaros.

Segundo a Embrapa, o pinhão brasileiro contém Ômega 6 e 9, proteína de alta qualidade e diversos sais minerais, como potássio, fósforo, magnésio, enxofre e cálcio. Além disto, não tem glúten, apresenta baixo teor de gordura e é rico em fibras alimentares.

Fotos: Pablo Gomes, jornalista bolsista Epagri/Fapesc

Assembleia Digital 2025 da Sicredi Altos da Serra RS/SC está disponível até 09 de abrilAnterior

Assembleia Digital 2025 da Sicredi Altos da Serra RS/SC está disponível até 09 de abril

Lages recebe 1º Seminário de Soluções Integradas em Drenagem UrbanaPróximo

Lages recebe 1º Seminário de Soluções Integradas em Drenagem Urbana

Deixe seu comentário 5q6a6i

Geral 59713s