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Epagri

No inverno serrano, antes do gado, vem o pasto 482a5j

Pesquisador analisa que implantar pastagem de inverno pode parecer simples, mas exige conhecimento. Ele aponta quais são as melhores forrageiras, suas especificidades e características 3u663f

Quem cria gado na Serra Catarinense sabe que as pastagens minguam nos meses mais frios do ano, acarretando no emagrecimento dos animais.

Ulisses de Arruda Córdova, pesquisador de Forragicultura e Pastagens da Epagri, explica que aproximadamente 75% das espécies da composição florística são estivais, ou seja, crescem no verão. 

Este fato provoca o conhecido vazio forrageiro de outono, caracterizado por um déficit alimentar que se estende até o início da primavera, acarretando na perda de peso dos animais, principalmente de corte.

Para ele, a principal estratégia para superar a falta de forragem nos meses mais frios do ano é a implantação de pastagens anuais de clima temperado, principalmente aveias e azevém-anual.

No entanto, a implantação das chamadas “pastagens de inverno” aram de uma prática simples para uma estratégia que demanda conhecimento, tecnologia e manejo assertivo.

“Se o pecuarista quer ser um bom produtor de carne, leite ou mesmo lã, tem que ser antes um bom produtor de pasto e vender seus produtos através desse pasto. Esses preceitos são muito utilizados em países como Nova Zelândia e Uruguai, onde a preocupação principal é com a produção de forragem. Além de que essa é a forma mais barata de produção com ruminantes. É necessário tratar pastagem como cultura aplicando todas as técnicas recomendadas,” afirma Ulisses.

A seguir, ele aborda os principais grupos de forrageiras recomendados para formação de pastagem anual de clima temperado na Serra Catarinense e outros ambientes semelhantes de clima temperado.

 Aveias forrageiras

Até alguns anos, os principais cultivares de aveias forrageiras eram de aveia-preta (Avena strigosa Schreb). A grande vantagem das mesmas é serem adaptadas ao pastejo, ando melhor o pisoteio e não exigirem alta fertilidade do solo.

Porém a maioria dos genótipos não apresenta tolerância ao frio, possuem ciclo médio a curto e quando implantadas no cedo tendem a reduzir o ciclo de produção.

Os principais cultivares no mercado atualmente são Iapar 61 – Ibiporã e BRS 139 Neblina. A Iapar 61 apresentando ciclo mais longo dentro dessa espécie.

A grande maioria dos cultivares lançados atualmente é de aveia-branca (Avena sativa L.) ou aveia-amarela (Avena byzantina K. Koch).

Apresentam como característica maior tolerância ao frio (principalmente as amarelas), maior produção de forragem, grande variação de ciclo entre os cultivares, desde curto a extralongo, e am temperaturas altas permitindo plantio mais cedo, dependendo das condições pluviométricas.

Alguns cultivares como IPR Suprema e Impacta permitem o plantio em meados de fevereiro e, pelo fato de não entrarem em florescimento, pois necessitam ar por um período de frio, podem produzir aproximadamente por 180 dias.

Em contrapartida o cultivar IPR Esmeralda, que também permite o plantio antecipado, é muito precoce e pode ser utilizada entre 35 a 40 dias após a emergência.

Desta forma, constitui-se numa importante alternativa para o vazio forrageiro de outono. Outros cultivares que estão disponíveis no mercado regional: Milton, AF 1340, AF 1345, Bagual.

Todas as espécies e cultivares de aveias são palatáveis para ruminantes e apresentam elevado valor nutricional, não havendo restrições para sua utilização.

Azevém-anual

São muitas as características importantes do azevém-anual (Lolium multiflorum Lam.) como planta forrageira: palatabilidade, valor nutritivo, vigor, tolerância ao frio, capacidade de perfilhamento, tolerância ao pisoteio, entre outras.

No entanto, atualmente existem grandes diferenças entre variedades e cultivares. Assim não existe um azevém-anual indicado para todas as finalidades, vai depender do objetivo que o produtor pretende com o cultivo do mesmo, da estrutura que possui na propriedade, da fertilidade do solo, bem como das técnicas de manejo.

Há menos de três décadas existiam no mercado praticamente azevéns-anuais comuns, que eram diploides da variedade westerwoldicum.

A partir de 2005 chegaram ao mercado brasileiro os azevéns tetraploides e os da variedade itálico, que são muito diferentes dos diploides.

Os tetraploides possuem folhas e perfilhos maiores, com crescimento inicial rápido, são mais palatáveis e com maior valor nutritivo, enquanto os diploides produzem mais perfilhos e possuem maior conteúdo de matéria seca. 

Os azevéns-anuais itálicos apresentam uma característica particular, pois somente ocorre a indução de florescimento após a planta ar por temperaturas baixas.

Assim, os perfilhos que brotam na primavera permanecem vegetando até o verão. Em regiões de altitude podem se tornarem bianual ou dependendo do cultivar produzirem por alguns anos sem necessidade de replantio. Os itálicos disponíveis são também tetraploides.

Principais cultivares de azevém-anual comercializados na Serra Catarinense: diploides (SCS 316 CR Altovale, Feroz, Ponteio, LE 284, INIA Camaro, Bolt); tetraploides (Winter Star 3; Barjumbo; Bar HQ, Maximus, Bill Max, Estelar), tetraploides itálicos (INIA Escorpio, KLM 138, Potro.). Os diploides são indicados para rotação de culturas, enquanto os tetraploides e/ou itálicos para pastagens de ciclo longo.

Um grande problema que se agravou nos últimos anos é a brusone, doença fúngica que ocorre em períodos chuvosos e temperatura alta, principalmente quando se antecipa o plantio. Os cultivares mais tolerantes a brusone são Feroz, SCS316 CR Altovale e Estelar.

Centeios

O centeio (Secale cereale L.) pode ser usado tanto para produção de grãos como para produção de forragem. Tem como características principais como forrageira, crescimento inicial vigoroso, tolerância a temperaturas muito baixas, produzem em solos menos férteis e precocidade, podendo ser pastejado entre 40 a 45 dias após a emergência. Os principais cultivares disponíveis no mercado são: BRS Serrano, Temprano e IPR 89.

Fonte: Ulisses de Arruda Córdova (Epagri/Estação Experimental de Lages)

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